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Com direito a medalha inédita, atletas do Sesi-SP retornam para o Brasil após os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 com três conquistas, sendo um ouro no goalball masculino, uma prata no arremesso de peso paralímpico e um bronze no vôlei sentado feminino. No quadro geral, fazendo a melhor campanha da história, o país terminou sua participação em 7º lugar com 72 medalhas e recordes. Os frutos do trabalho realizado no desenvolvimento esportivo paralímpico já começaram a ser colhidos durante e convocação para a participação no maior evento esportivo do mundo. Pelo segundo ano consecutivo, o Sesi-SP se destacou e contou com o maior número de atletas convocados para compor o Time Brasil na disputa dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 com 18 atletas em ação nas modalidades goalball, vôlei sentado, bocha paralímpica, atletismo e paratriathlon, além de cinco membros das comissões técnicas. Promessa de medalha para o Brasil após o bronze na edição Rio 2016, o goalball masculino dominou a China na final, ignorou a pressão e alcançou o ouro inédito para modalidade subindo no lugar mais alto do pódio com o placar de 7 a 2. Com Josemarcio (o Parazinho) e Alex de Melo, atletas do Sesi-SP, a seleção brasileira somou seis vitórias e apenas uma derrota na trajetória paralímpica em Tóquio. Agora com o ouro, a equipe soma à prata de Londres 2012 e ao bronze no Rio 2016. Destaque da seleção brasileira, Josemarcio, mais conhecido como Parazinho, defende o Sesi-SP desde 2014, quando se mudou para São Paulo aos 18 anos e hoje, além de conquistas com a seleção brasileira de goalball, ainda conta com o prêmio de melhor atleta da modalidade em 2017 no currículo. Diagnosticado com atrofia no nervo ótico desde o nascimento, Parazinho que começou a praticar o atletismo em Belém até conhecer o goalball, não esconde a felicidade ao falar sobre o feito inédito em Tóquio. "Estou muito emocionado, a ficha ainda está caindo. O trabalho foi bem árduo para chegar até aqui e essa medalha vem como uma perfeita coroação. Sou muito grato por todo amparo e reconhecimento que o Sesi-SP tem com a gente, porque é assim que conseguimos nos desenvolver bem na modalidade e chegar onde estamos, no lugar mais algo do pódio. Se a gente pudesse levantar as duas bandeiras (Brasil e Sesi-SP) no pódio seria maravilhoso", explicou Parazinho. Veterano nas Paralimpíadas, Marco Borges, conhecido carinhosamente como Marcão, foi mais um atleta do Sesi-SP que brilhou nos Jogos Paralímpicos. Desde 2003 defendendo as cores da indústria, Marcão ficou com a medalha de prata no arremesso de peso na classe F57 com a marca de 14,85m na sua terceira participação. "Estou vivendo um mix de muitas emoções. Essa foi a minha terceira paralimpíada, desde Pequim 2008 eu sonho com essa medalha e trabalho por ela, principalmente depois de ter ficado fora do Rio 2016, então essa é a concretização de um projeto. Essa medalha simboliza o trabalho, a parceria longa entre eu e o técnico Daniel Biscola, entre eu e o Sesi-SP", comentou Marcão, medalhista de bronze no lançamento de disco e no lançamento de dardo nos Jogos Parapan-Americanos do Rio 2007 e 11 vezes campeão brasileiro. Repetindo o pódio da última edição dos Jogos, a seleção brasileira feminina de vôlei sentado volta para casa com mais uma medalha de bronze. A equipe, que contou com a participação das atletas Edwarda Dias, Gizele Dias, Nathalie Filomena, Laiana Rodrigues e Ana Luisa Soares, saiu na frente do Canadá na disputa do terceiro lugar, sofreu um aperto, mas soube superar e vencer por 3 a 1, com parciais de 25/15, 24/26, 26/24 e 25/14. Sem perder posições e mantendo a boa campanha em anos anteriores, o goalball feminino, que contou com duas representantes da indústria, Ana Gabriely Brito e Moniza de Lima, e o time de vôlei sentado masculino, com Daniel Yoshizawa, Renato Leite, Fabricio Silva e Wellington Platini, repetiram o feito da última edição dos Jogos e encerraram a participação na quarta colocação. No grupo dos estreantes em paralimpíadas, o velocista Lucas Lima ficou na sexta colocação nas provas dos 100 e 400m rasos na classe T47 (deficiência nos membros superiores). No paratriathlon, modalidade que estreou na edição de 2016 dos Jogos, o jovem atleta Carlos Rafael Viana (Carlinhos), de 22 anos, também se sagrou como o sexto melhor do mundo competindo na classe PTS5 (deficiências leves). Porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, a multicampeã Evelyn Oliveira encerrou sua participação com a sexta colocação na disputa em duplas mistas na classe BC3 (deficiência muito severa), e em sétimo no individual geral. "Eu fiquei muito feliz e honrada em ter sido convidada para ser porta-bandeira no desfile, foi algo que eu não esperava, mas fiquei muito feliz, ainda mais sendo uma representante mulher e de uma modalidade que vem crescendo cada vez mais. Ali eu me sentindo levando não só a bandeira do Brasil, mas também a bandeira do Sesi-SP, equipe que eu faço parte há 11 anos e que me proporciona tudo o que tenho e conquisto", finalizou.
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